Escolha o calçado certo e ande bem

ELENI TRINDADE E SAULO LUZ - JORNAL DA TARDE

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Por Marcelo Moreira
Atualização:

Conforto e beleza são as principais qualidades que o consumidor espera de um calçado. Mas com tantos tipos e modelos disponíveis no mercado , é preciso tomar cuidados na hora da compra. Para começar, o ideal é compra calçados somente no fim do dia.

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"É o horário mais indicado, pois é quando os pés já estão inchados e suados. Assim, o comprador diminui o risco de adquirir um sapato que, apesar de ter servido no pé na hora da compra, fique apertado mais tarde", justifica Fabio Ravaglia, ortopedista do Instituto Ortopedia e Saúde (IOS).

Além disso, é importante evitar os sapatos de bicos fino e preferir os que possuem bicos mais largos, arredondados e fabricados com materiais que permitam a transpiração e, ao mesmo tempo, sejam impermeáveis à água. "Quanto mais suor ficar no interior do tênis, mais cheiro vai ter o pé. Além disso, pode provocar frieira e levar a infecções mais graves", diz Ravaglia.

"Após escolher o modelo que mais lhe agrada, o consumidor deve experimentar os dois pés do sapato e andar com eles pela loja para sentir se ele é confortável e se adapta bem aos pés", diz Regina Andrade, técnica do Procon-SP.

Segundo Fabio Ravaglia, é bom deixar uma margem de um centímetro na frente do dedo. "O calçado deve ficar bom na hora. Esse negócio de dizer que está apertado mas vai amaciar depois é besteira. Um sapato ruim pode causar joanete, calos e calosidades nos dedos do pé, dores no pé, frieiras, machucados e até feridas", assinala o ortopedista.

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"É preciso se informar sobre a política de troca da empresa, principalmente se o sapato for para presente.

Se o vendedor abrir a possibilidade de trocar, peça que a informação seja registrada por escrito na nota fiscal e observe se os dados do fabricante (CNPJ, endereço e telefone de contato) estão visíveis na embalagem", completa Regina. "Caso o lojista não forneça caixa ou embalagem, impossibilitando a identificação do fabricante, é ele que se responsabiliza pela troca ou conserto do produto."

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Pro Teste, lembra que loja não tem a obrigação de trocar calçados comprado do tamanho errado. "É uma prática que depende da loja e fideliza o cliente", lembra.

No caso da recepcionista Edna Machado Assis Parada, 56 anos, mesmo com um defeito evidente do produto, houve dificuldades para resolver o problema. "Comprei um bota de couro, experimentei e andei pela loja, mas, ao chegar em casa, notei que o solado estava descolado. Ao reclamar na loja, disseram que não iam trocar o produto. Em vez disso, mandaram colar o solado em um sapateiro, mas o defeito continuou."

Edna pediu o dinheiro de volta, mas a loja só queria devolver uma parte do valor pago. "Expliquei a eles que iria recorrer ao Procon para resolver a questão e só aí decidiram me ressarcir. Foi quase um mês de transtornos."

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