Texto de Maíra Teixeira
Com a escassez de água potável no mundo, esse líquido está cada dia mais valorizado. Para se ter uma idéia, a água engarrafada é a bebida cujo o consumo mais cresce no mundo, segundo um relatório do Instituto Worldwatch, de Washington. Mas o que precisamos saber antes de comprar e consumir água mineral?
As águas potáveis comercializadas no País devem seguir especificações da Agência Nacional Sanitária (Anvisa). Na embalagem deve constar uma das expressões/ "com gás" ou "gaseificada artificialmente" quando adicionada de gás carbônico (dióxido de carbono). A expressão "sem gás" pode ser usada quando não for adicionada de gás carbônico. É proibido o uso de qualquer expressão que atribua propriedades medicamentosas ou terapêuticas. Os dois tipos matam a sede.
Quando a água for naturalmente gasosa deve constar a expressão "naturalmente gasosa" ou "gasosa natural". Devem constar, obrigatoriamente, as seguintes advertências, em destaque e em negrito: 1) "Contém fluoreto", quando o produto contiver mais que 1 mg/L de fluoreto; 2) "O produto não é adequado para lactentes e crianças com até 7 anos de idade", quando contiver mais que 2 mg/L de fluoreto. A informação "Contém sódio" deve constar quando o produto tiver mais que 200 mg/L da substância.
Quando a água for adicionada de sais, a designação deve ser descrita em caracteres com no mínimo metade do tamanho dos caracteres utilizados na marca do produto, ou seja, deve ficar visível. A água mineral natural é a água obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas. É caracterizada pelo conteúdo definido e constante de determinados sais minerais, oligoelementos e outros constituintes considerando as flutuações naturais.
Já a água natural também é obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas, é caracterizada pelo conteúdo definido e constante de determinados sais minerais, oligoelementos, mas apresenta outras componentes em níveis inferiores aos mínimos estabelecidos para água mineral natural.
Consumidor consciente pensa no descarte
Levantamento apresentado no 3º Congresso Mundial de Águas , realizado em setembro de 2006, na Itália, revela que, da produção total de águas envasadas no mundo, 58% foram de produtos naturais e 42% de águas processadas. As águas gaseificadas representaram 16% em volume e 28% em faturamento.
Para Aron Belinky, diretor de Projetos do Akatu, o consumidor consciente tem de pensar sempre que quanto maior o volume de água por unidade menor a geração de lixo. "É mais sustentável comprar embalagens grandes porque proporcionalmente poluem menos. É melhor comprar uma garrafa de 2 litros de água do que 10 copos de 200 mililitros. Temos sempre que pensar no volume de lixo que estamos gerando."
Pensando na sustentabilidade e no processo de descarte, a AmBev tem investido em apoio à cooperativas de catadores de material reciclável, o que a empresa chama de reciclagem solidária, pois ajuda no processo de organização dos cooperados e até no financiamento e compra de prensas para compactação do material. "A AmBev também está engajada em campanhas de reciclagem de latinhas e garrafas PET por todo o País. A Companhia patrocina há mais de 10 anos a Recicloteca, na cidade do Rio de Janeiro.
No site www.recicloteca.org.br é possível ter idéias de novas formas de reciclagem.
Criada pela ONG Ecomarapendi, a entidade é um dos maiores centros de informações sobre reciclagem e meio ambiente da América Latina e tornou-se uma referência nacional. Além da Recicloteca, a empresa apóia o projeto Vira Lata, na Capital paulista.
No site da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (http://www.abinam.com.br) é possível ter informações completas sobre o consumo de água no País e no mundo e saber em que as substâncias contidas nas águas podem beneficiar ou desestabilizar certas funções do corpo humano.
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